top of page

Meu príncipe!! Meu herdeiro!

  • Foto do escritor: Viviane Melo
    Viviane Melo
  • 20 de jun. de 2023
  • 4 min de leitura

Atualizado: 20 de jun. de 2023


De acordo com meu relato no post anterior sobre minha gravidez, foi um momento especial onde tive diversas superações, lutas e milagres durante à minha gestação. O instante próximo do nascimento do meu filho foi de preocupação, dor, espera, tristezas, alegrias e medos.

Quando completei 36 semanas e 5 dias de gravidez, minha bolsa estourou, era de madrugada, o médico que me acompanhava estava no interior do estado. Fui para o hospital, a doutora de plantão (mesmo com laudos dizendo que não poderia ter parto normal), me deu à tal injeção de indução, comecei a ter contrações a cada 1 minuto, meu filho estava encaixado, mas à dilatação não passava de 2 cm de dilatação. A minha cesárea estava agendada para dia 20 de dezembro, porém a bolsa rompeu no dia 12 de dezembro, isso é, oito dias antes do previsto, meu filho ainda estava com oito meses de gestação.


“O nascimento de um filho é o momento mais claro de quando Deus põe seus dedos em nossas vidas”.

Henrique Sandoval


À minha situação era complicada, no dia em que à bolsa estourou era dia 12/12/12, essa data é cabalística, para muitos que acreditam pode representar o início ou fim de um ciclo, nesta data tinham mais de 22 partos agendados no hospital em que eu estava, eu não tinha quarto e nem previsão de quando ganharia meu filho.

A dor era imensa, cheguei a fazer xixi na cama da emergência (ainda não estava no quarto), fiquei cerca de 5 horas assim, graças a Deus meu médico chegou. Logo fui preparada para ir para o centro cirúrgico, minha bolsa tinha estourado às 05 h da madrugada e meu filho nasceu 14:42 h da tarde.

No centro cirúrgico, quando tomei a injeção raquidiana, tive reação, minhas pernas levantavam, cheguei a pensar que não tinha feito efeito. Meu desespero aumentou, veio a médica da UTIN informando que meu filho era prematuro e poderia nascer com complicações e deveria ir direto para incubadora.

Quando me abriram, meu filho estava preso nas costelas, os dois médicos subiram em cima de mim para tentar puxar meu filho, não estava sentindo nada, mas fazia uma pressão, que nem sei explicar.

Glória a Deus, meu filho nasceu! Contudo, como era prematuro, não consegui vê-lo, levaram rapidamente para a UTIN, não tive o direito de ter em meu colo, sentir o seu cheiro, vê suas mãos e pés. Porém, à minha saga estava somente no início.


A mulher que está dando à luz sente dores, ao chegar a sua hora; mas, quando o bebê nasce, ela esquece a angústia, devido à alegria de ter vindo ao mundo.

João 16:21


Como os médicos fizeram muita pressão para retirar meu filho que estava colado nas costelas, tive várias fissuras e rompimento de diversas veias. Vi muitos panos brancos chegando limpos, dobrados e saindo coberto de sangue. À médica de plantão sussurrava: ela está sangrando muito, não vai sobreviver! E eu acordada ouvindo tudo, mas não vendo o que estava acontecendo. Perguntei: Doutor (meu médico) o que está acontecendo? Ele disse: só estou costurando veia a veia, mas vai ficar tudo bem. Pedi a Deus forças, não entendia o que ocorria. Confiei em Deus e no meu médico, perdi muito sangue, me fecharam. Eu fiquei durantes diversas horas em observação, muito preocupada com meu filho, não tinha notícias, não sabia se permanecia na UTIN e nem se estava bem com saúde. As horas iam se passando, perguntava aos médicos e aos enfermeiros, a única resposta que eu tinha era: não tem vaga nos quartos da área da maternidade e nem no baixo risco, acabei indo para ala de alto risco com um enfermeiro exclusivo para meu quarto.

Quando fui para o quarto já eram quase 20h, meu filho estava desde às 16h como o meu esposo no quarto, ele já estava com à roupinha que escolhi, era perfeito, apesar de muito enrugado, pois não teve tempo de ganhar peso. Aquele ser pequeno, que já amava muito, como agradeci a Deus por sua chegada. Mas meu esposo e minha mãe demonstravam um rosto de angústia e apreensão, pois eu não tinha cor, pedi muito sangue, minhas roupas foram jogadas fora, não conseguia nem amamentar. Quando me levantei à primeira vez quase desmaiei, resumindo, após dois dias de internação meu filho teve alta e eu não. Não aguentei. Senhor! Tenha misericórdia! Quero ir para casa com meu filho! Precisei assinar diversos documentos assumindo à responsabilidade de ir antes do período de recuperação para casa.


Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá.

Salmos 127:3


Pensando em tudo o que passei, vemos à ação de Deus nas pequenas coisas, seu amor infinito e seu cuidado em todos os momentos, não sabemos e nem temos como agradecer.

Não sei de suas lutas, suas circunstâncias, seus medos, seus desafios, mas tenha certeza que Deus é Maior! Ele é fiel! Seus planos são maiores que os nossos!




Comments


bottom of page