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Minha Gravidez! Meu Milagre!

  • Foto do escritor: Viviane Melo
    Viviane Melo
  • 3 de jun. de 2023
  • 5 min de leitura

Atualizado: 20 de jun. de 2023

Uma das fases mais difíceis e desafiadoras da minha vida.



Sempre quis ser mãe, venho de uma família grande, tenho quatro irmãos de sangue e um irmão adotivo, sou a primogênita, apesar de o meu irmão do coração ser mais velho do que eu. Cuidei durante muito tempo dos meus irmãos e da casa dos meus pais, sempre busquei estar à frente dos ministérios nas igrejas onde passei, em setores que envolviam crianças (Ministério Infantil), meninas (Mensageiras do Rei), meninos (Embaixadores do Rei – fui conselheira durante muitos anos) e adolescentes (professora de EBD). Amo crianças! Eles são o nosso futuro, precisamos investir neles.


“As crianças não são apenas o futuro, como muitos dizem, elas já são o presente. Que a pureza delas venha contagiar o mundo e que essa fonte seja inesgotável”.

Letícia Butterfield


Quando comecei a namorar, meu esposo já tinha um nome escolhido para nosso filho: YOHANAN (João – Deus Misericordioso), caso fosse menino. No fundo, queria ter mais que um filho, mas a minha experiência com a gravidez não foi boa, acabei desistindo de ter outras tentativas de gestação. Vou compartilhar um pouco do que aconteceu.


Enquanto estava noiva do meu esposo, tive um sangramento que durou quase três semanas, comecei a ficar anêmica, fraca e pálida. O primeiro médico que me atendeu passou uma bateria de exames, depois dos resultados me disse ter ovários policísticos (causa de infertilidade em cerca de 40% das mulheres), esta condição deveria me causar aumento de peso, queda de cabelo, excesso de pelos, acne e dificuldades para engravidar. Contudo, me encaminhou para uma especialista, a segunda médica que eu fui me informou ter um grande risco de precisar de cirurgia, aumentando em muito a chance de não poder ter filhos. Fiquei bastante abalada e quase não conseguia acreditar em tudo o que eu estava vivendo. Deus usou minha cunhada para me aconselhar a ir em outro médico especialista, assim eu fiz, neste terceiro especialista (detalhe fiquei quase (8h) para ser atendida porque o atendimento era por ordem de chegada), a médica olhou para todos os meus exames, disse ser uma realidade comum, infelizmente, porém não era algo que precisa me desesperar, passou uma sequência de antibióticos, anticoncepcional e mudanças de hábitos. Repeti o exame depois de três meses e já tinha diminuído os cistos, repeti depois de seis meses já quase eram impercebíveis. Ufa, esse primeiro passo vencemos. Mas não sabíamos o que ainda viria.


“A vida é maravilhosa se não se tem medo dela.”

Charles Chaplin


Completando quase quatro anos de casada (recentemente vindo RJ para o ES, por causa do trabalho do meu esposo), voltei a ter um sangramento constante, dor no peito e na barriga, cansaço, um pouco de ardência na hora de urinar, eram alguns dos sintomas. O desespero voltou, achei que a situação que tinha passado, voltou da pior forma. Um sentimento de medo, angústias, incertezas, voltou a me dominar. Procurei novamente um especialista, dessa vez o diagnóstico era um cisto de ovulação, algumas situações podem ser benignas ou malignas. Neste momento fiz para o médico aquela pergunta que antes não tive coragem. Doutor, vou poder engravidar? Ele respondeu, que sim, mas não seria tão fácil e que só poderia responder com certeza após cerca uns dois anos, sem medicação e já curada da situação atual, por um lado fiquei mais tranquila, sabia que o meu problema era crônico, mas tive uma esperança no fim do túnel. Eu já tomava anticoncepcional desde os 19 anos, nesta época já estava com 27 anos, isso era uma causa que piorava a dificuldade de engravidar. O médico me passou um novo anticoncepcional com foco no tratamento deste novo cisto, mas primeiro precisava parar a medicação antiga por 15 dias. Vocês acreditam que nesses 15 dias eu engravidei?

Os cistos eram benignos, glória a Deus! Meu esposo que descobriu que estava grávida, meu corpo mudou, seios aumentaram, barriga arredondou, mas eu achava que era por causa do cisto, não acreditava que estava grávida, fiz vários testes de farmácia e de sangue. Como era possível? Contudo, a notícia da gravidez, veio com novo misto de preocupações. A sugestão do nosso médico era: não contem para ninguém sobre a gravidez, pode ser que o neném não consiga sobreviver, pois, o cisto poderia se alimentar dele. Durante os cincos primeiros meses da gravidez, eu fazia exames quinzenais para saber a evolução do cisto e do neném, porque no quinto mês precisaríamos decidir em tirar o neném ou o cisto. Entretanto, (ainda não contei a vocês) eu já descobri estar grávida entrando no quarto mês de gestação. Na endovaginal do quinto mês, só víamos o nosso campeão, não conseguíamos mais enxergar o cisto. Meu milagre aconteceu, meu guerreiro superou a primeira batalha, mais a luta não tinha acabado.

Descobrimos o sexto do neném na semana do dia dos pais, foi um presente para o meu esposo, saímos do ultrassom com uma foto do “piruzinho”. O nosso Yohanan (Deus misericordioso) estava para chegar, ele era o nosso milagre.

Iniciando o sexto mês de gestação, descobri uma cauterização nos ossos dos quadris que não deixaria ter um parto normal, sentia dores insuportáveis, pois meu corpo queria dilatar para se preparar para a chegada do bebê mais não era possível. Portanto, vou contar uma coisa, não fiquei de licença e continuei trabalhando, nesta época trabalhava em shopping, escala surreal e trabalhava em pé. Isso é para dizer não desista, acredite que milagres acontecem. Não sei a sua batalha, mas Deus está conosco e no controle de todas as coisas.

No sétimo mês, tinha ciência que o meu neném, poderia nascer a qualquer momento, mesmo o médico dizendo ser um sentimento de uma mãe de primeira viagem. Lavei tudo, organizei minha bolsa e a do Yohanan, o quartinho estava decorado e limpo, cheguei há 32 semanas de gestação. Porém, quando fiz 36 semanas tive crise aguda de dor, meus pés incharam e foi a primeira vez que fiquei afastada da empresa, o médico me deu atestado de sete dias, consegui tirar fotos de grávida e antes de finalizar o meu atestado, minha bolsa estourou, estava calma, tomei café, pintei as unhas (rsrsr) antes de ir para o hospital, entreguei a minha vida e do meu filho nas mãos de Deus e assim começou o meu último momento de drama, o nascimento do meu filho.


“Falar sem aspas, amar sem interrogação, sonhar com reticências, viver sem ponto final.”

Charles Chaplin


Vou contar esta parte em outro post, pois ainda tem muito a dividir.

Minha gravidez foi um momento de crescimento, cumplicidade com meu esposo e também um ajuste na minha relação com Deus. Sempre fui cristã, nasci em um lar evangélico, meu pai é pastor, mas minha gravidez foi uma aprendizagem de confiar e esperar, e ter muita fé.

Meu filho vai completar este ano onze primaveras, as lutas foram grandes, pois a maioria dos nenéns prematuros, vivem com sequelas do nascimento antes do tempo. Ainda tenho outras fases para viver com ele, continuo pedindo a Deus sabedoria, discernimento e confiança, pois não podemos controlar tudo a nossa volta e criamos nossos filhos para vencer e fazer a diferença neste mundo, segundo a vontade de Deus na vida dele e na minha.

Que minha história seja um alento na vida de mães que estão vivendo ou passando por momentos parecidos em suas vidas! Sei que não é fácil, mas compartilhando, podemos aliviar a dor do outro.



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2 Kommentare


Diane Dias
04. Juni 2023

Linda história do poder de Deus sobre sua vida!

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Sidnei Vicente Paula de Melo Vicente
Sidnei Vicente Paula de Melo Vicente
04. Juni 2023

Sinais poderosos de um Deus que trabalha por àqueles que Nele esperam!

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